Cortes de Geração no Brasil: o Desafio do Setor de Energias Renováveis
- Plug Sistemas

- 7 de out.
- 4 min de leitura

Entenda os cortes de geração (curtailment), impactos na energia solar no Brasil e como o armazenamento em baterias pode ser a solução.
O mercado de energia solar no Brasil vive um momento de atenção. Os cortes obrigatórios de geração de energia, conhecidos como curtailment, têm impactado especialmente as usinas solares e eólicas.
Essas medidas, tomadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para evitar sobrecargas e apagões, evidenciam falhas no planejamento do setor elétrico e a necessidade de novas soluções, como o armazenamento em baterias.
Neste post, a Plug Sistemas explica as causas, impactos e perspectivas do tema que está no centro do debate sobre a transição energética brasileira.
⚡ O que é o curtailment e por que ocorre?
O curtailment é a redução forçada da produção de energia elétrica por usinas geradoras, mesmo quando há sol ou vento disponíveis.O ONS aplica o corte quando:
A oferta de energia supera a demanda em determinados horários;
A infraestrutura de transmissão não consegue escoar a energia produzida em regiões como o Nordeste para os grandes centros consumidores do Sudeste e Sul.
Segundo dados de 2024:
Foram cortados 18,5% da energia solar e eólica que poderia ter sido produzida;
Isso corresponde a cerca de 4,3 mil GWh de energia limpa que não chegou à rede;
O aumento foi de 230% em relação a 2023, evidenciando um problema crescente.
📉 Impactos do curtailment no setor de energia solar no Brasil
Os cortes têm gerado perdas significativas para empresas e investidores:
Usinas novas sofreram quedas de 50% a 70% na geração prevista, inviabilizando contratos e receitas;
A incerteza regulatória afasta investidores e encarece o crédito para novos projetos;
Muitos empreendimentos foram adiados ou suspensos, especialmente em regiões com maior dependência das linhas de transmissão de longa distância.
A posição da ABGD: problema está na transmissão, não na geração distribuída
Na reportagem do O Globo, Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), destaca:
“Os sistemas residenciais não têm relação com o curtailment.O problema decorre da falta de planejamento na expansão da transmissão e da autorização de grandes blocos de geração centralizada sem a devida capacidade de escoamento.A solução passa pelo incentivo a sistemas de armazenamento de energia em baterias.”
Essa análise reforça que os sistemas de geração distribuída, como os painéis solares instalados em residências e comércios, não são afetados pelos cortes e continuam sendo uma opção segura para quem deseja reduzir a conta de luz.
Planejamento do setor elétrico: onde está o gargalo
O problema atual é resultado de uma expansão acelerada da geração solar e eólica, sem que houvesse:
Investimentos suficientes em infraestrutura de transmissão;
Integração de sistemas de armazenamento em baterias para equilibrar a oferta e a demanda ao longo do dia;
Um planejamento do setor elétrico que acompanhasse o ritmo da transição para as fontes renováveis.
O que dizem ONS e Aneel
ONS: afirma que os cortes são decisões técnicas e neutras, necessárias para evitar sobrecargas e riscos à estabilidade do sistema.
Aneel: avalia ajustes regulatórios, incluindo revisão da Resolução Normativa 1.030/2022, que trata de compensação aos geradores afetados, e defende incentivos ao uso de armazenamento em baterias.
Ambos reconhecem a necessidade de acelerar obras de transmissão e integrar políticas de armazenamento e geração distribuída para reduzir os cortes.

Armazenamento em baterias: a chave para o futuro da energia solar no Brasil
O armazenamento em baterias é apontado como solução essencial para evitar o desperdício de energia limpa. Com essa tecnologia é possível:
Estocar o excedente gerado durante o dia e liberá-lo à noite, quando a demanda aumenta;
Desafogar as linhas de transmissão;
Tornar a rede mais estável e resiliente, reduzindo a necessidade de cortes;
Garantir maior previsibilidade e segurança energética para investidores e consumidores.
O que isso significa para consumidores e pequenos geradores
Para quem investe em energia solar no Brasil em residências e pequenos negócios:
A geração distribuída continua sendo segura e rentável, pois não sofre os impactos diretos dos cortes de curtailment.
Além disso, com a nova normativa Fast Track aprovada pela Aneel, o processo de conexão de pequenos sistemas solares ficou mais ágil e menos burocrático. A norma permite que usinas de até 7,5 kW voltadas ao autoconsumo local dispensem os estudos de inversão de fluxo, desde que atendam aos requisitos técnicos e assinem termo específico. Serviços e Informações do Brasil+2eixos+2
A tendência é que políticas de incentivo ao armazenamento em baterias fortaleçam ainda mais essa modalidade, tornando-a ainda mais competitiva e confiável frente aos desafios do sistema elétrico.
Com essas melhorias regulatórias, a energia solar residencial e comercial segue sendo uma solução prática e eficaz para reduzir a conta de luz e contribuir de forma sustentável para o país.
Conclusão: planejamento e inovação são fundamentais
O debate sobre os cortes de geração evidencia a importância de um planejamento do setor elétrico integrado, capaz de:
Garantir infraestrutura de transmissão adequada;
Incentivar armazenamento em baterias;
Trazer segurança jurídica e previsibilidade para os investidores.
O Brasil tem um enorme potencial em fontes renováveis. O próximo passo é modernizar a rede e viabilizar um sistema elétrico mais estável, eficiente e sustentável.
Na Plug Sistemas, estamos comprometidos em oferecer soluções em energia solar, armazenamento e eficiência energética, ajudando nossos clientes a aproveitar ao máximo o potencial das fontes renováveis com segurança e economia.
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